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Como viver bem dentro de um container?

Sucesso no exterior, a proposta de usar grandes caixas de lata como base para moradias ainda divide os arquitetos. No Brasil, os primeiros exemplos provam que dá pra ter conforto numa casa desse tipo.

Parece uma brincadeira com peças de lego gigantes. Mas são casas de verdade que estão sendo construídas a partir de containers que passaram anos transportando mercadorias de um porto a outro, e já sem utilidade comercial, viraram sucata. A tendência se firmou nos estados Unidos e em países da Europa. Agora, acaba de chegar ao Brasil

A primeira casa container brasileira está a venda. Ela tem 6m de comprimento por 2,5m de largura. Não é muito espaçosa, mas depois de receber acabamento, mobília e paisagismo no jardim, fica parecendo uma suíte de hotel. As paredes brancas têm tratamento térmico e acústico. A parte externa traz pequenos amassados conquistados ao longo das viagens pelo mundo.

Em países de longa tradição portuária, o reaproveitamento de containers evoluiu ao lado do experimentalismo da arquitetura. Na Holanda e Inglaterra, a característica modular e geométrica dos containers inspiraram a criação de edifícios reconhecidos pelo seu design único. Um exemplo é o projeto Container City, criado pela empresa inglesa Urban Space Management. Em 2001, a construtora levantou seu primeiro prédio na antiga zona portuária de Docklands, em Londres. O edifício com 3 andares, feito com 80% de material reciclado, ficou pronto em 5 meses.

No Brasil, a arquiteta catarinense Lívia Ferraro, autora do projeto e dona do escritório Ferraro Container Habitat, começou a vender seus primeiros projetos. O módulo básico de 15 metros quadrados custa R$ 39 mil. O acabamento (piso em bambu laminado e uso de pneu reciclado) e mobília ( mesas e bancos embutidos e sofá cama)estão incluídos. A casa também vem com armazenamento de água de chuva, painéis de energia solar e sistema de tratamento de resíduos. Também dá pra colocar grama no teto, o que aumenta o isolamento térmico.

O container além de se transformar em uma habitação/casa, também pode ser usado nos projetos de escritório, lanchonetes, condomínios (verticais ou horizontais), dentre tantas outras possibilidades.

Já existem no Brasil arquitetos trabalhando com esse conceito, como é o caso do arquiteto Júlio Diniz, em seu site encontramos fotos de projetos executados e preços de container para facilitar um orçamento.

As vantagens são notáveis: custos menores e tempo de obra bastante reduzido além de ter como ponto de partida valores socialmente corretos como a reciclagem e a sustentabilidade. A idéia se estende também para as construções comerciais, podendo ser desde um simples quiosque como o Café Illy até grandes lojas como a Puma Container Store.

A tendência se firmou nos estados Unidos e em países da Europa. Agora, acaba de chegar ao Brasil, onde encontrou um espaço pouco explorado no que se refere à mecanização e pré-fabricação na construção. Exemplo disso é a arquiteta catarinense Lívia Ferraro, autora do projeto Ferraro Container Habitat e começou a vender seus primeiros projetos. O módulo básico de 15 metros quadrados custa R$ 39 mil. O acabamento (piso em bambu laminado e uso de pneu reciclado) e mobília ( mesas e bancos embutidos e sofá cama) estão incluídos. A casa também vem com armazenamento de água de chuva, painéis de energia solar e sistema de tratamento de resíduos. Sustentabilidade aliada a bom gosto e inovação.

Esse tipo de construção também pode atender a demanda por construções de baixo custo, com rapidez de execução – de no máximo três semanas – e pode ser uma opção em caso de catástrofes naturais, servindo de alojamentos temporários para grandes populações, mostrando a versatilidade da proposta. Isso foi o ponto inicial para a solução de moradias para estudantes universitários na Holanda, onde eles fizeram uma Vila Universitária a partir de containers.